
Acredito que devemos profetizar a concretização de nossos sonhos, porque sempre dá certo. Um dia, eu estava passando em frente à Posigraf e, por muita coincidência, encontrei no trânsito o Lucas Guimarães. Já sabia que ele era um dos donos do Grupo Positivo. Falei em voz alta no carro: “Meu sonho é trabalhar nessa empresa, e esse cara será meu chefe”. E isso aconteceu! Entre idas e vindas, estou aqui no grupo há mais de 27 anos e na Posigraf, há quase 17 anos.
Cassiana da Cruz Siqueira, compradora da Posigraf.
Era 1987. Dos nove primos que deixaram naquele ano a pequena cidade de Registro, no interior de São Paulo, fui um dos únicos três que foram a São Paulo fazer cursinho. Todos os outros rumaram a Curitiba, estudar no Positivo. Quando a gente se encontrava nos feriados daquele ano, em um pequeno karaokê da cidade, tomada de descendentes de japoneses, trocávamos impressões sobre a nova realidade que vivíamos: cada grupo em sua nova cidade, com suas descobertas, novas experiências e a inquietação típica de vestibulandos.
Um dos meus primos falava de professores incríveis (alguns dos quais vim a conhecer anos depois, confirmando a impressão do meu parente), de como o ensino no Positivo era exigente (tinha aula até aos domingos), das revisões, etc. Sabendo que eu amava Língua Portuguesa, ele me deu um Memorex, que era um achado, pois resumia a matéria de Português em uma publicação de bolso. E mais: ele me deu uma pastinha do Positivo, que passei a usar no cursinho em São Paulo, só para tirar uma onda.
Um dia, na aula de Inglês, o professor passeava pela sala e perguntou se eu era de Curitiba, porque aquele “era um grande cursinho”, que ele conhecia. Todo mundo ficou olhando para a pasta do japonês… Guardei durante anos a pasta, e ainda tenho até hoje aquele Memorex versão anos 80.
Em uma manhã de dezembro de 2000, aos 30 anos, como professor de Língua Portuguesa em um curso pré-vestibular, recebi um convite que mudaria minha rota profissional, me faria mudar de cidade e me traria tantas oportunidades e acolhimento. Vim para o Curso Positivo.
É verdade que, na correria da vida, raramente aquele grupo de parentes se encontra – muito menos em karaokês, que deixaram de existir há muito, em vários locais. Vez ou outra, quando o tempo permite e a gente se põe sentimental, penso sobre o privilégio que tive ao conhecer pessoalmente os autores daquele antigo Memorex. Entendo o sentido das palavras daquele professor de Inglês andando pelo corredor da sala. Encanto-me, um pouco assustado com a rapidez de tudo, por dividir horário de aula com ex-alunos da turma de 2001 que hoje são professores. Divirto-me quase que diariamente com um dos poucos lugares que me deixam à vontade no mundo – uma sala de aula do Curso Positivo.
Por fim, como tudo é cíclico, tento sincera e honestamente preservar, em uma espécie de retribuição, a impressão que meu primo – aquele do Memorex – sempre teve do Positivo: a filha dele, hoje, é nossa aluna.
Yeso Osawa Ribeiro, professor de Língua Portuguesa do Curso Positivo, em Curitiba.

Essas são crônicas escritas por nossos colaboradores. Suas histórias são algumas entre as incontáveis que fazem parte de nossa trajetória de mais de 50 anos. Ao longo desse tempo, cruzamos e fomos impactados por muitas vidas, que guardam a memória de causos que aconteceram em nossas unidades, nossos corredores, salas de aula, pátios de impressão, salas de reunião…
Neste novo quadro, queremos mostrar a sua crônica também. Entre em contato pelo e-mail comunicacaocorporativa@positivo.com.br e conte sua história para nós. Ela poderá aparecer na próxima edição da Revista Positivo!