Você se lembra de quando aprendeu, pela primeira vez, o significado de “sustentabilidade”? Talvez tenha sido em uma aula de Ciências, ouvindo sobre recursos naturais, ou em uma redação sobre meio ambiente. Mas será que essa foi, de fato, a primeira vez que você a vivenciou?
A verdade é que, no Colégio e no Curso Positivo, esse aprendizado começa muito antes de qualquer definição escrita no quadro e se renova a cada etapa da jornada do estudante. E, nessa trajetória, a sustentabilidade não é apenas uma matéria, é uma disciplina que acompanha — e transforma — a forma como o aluno vê o mundo.
Nos primeiros anos, quando as descobertas têm sabor de novidade, as lições mais profundas acontecem na prática. É assim no Programa de Logística Reversa de Material Didático, em que crianças participam da coleta e reciclagem de livros e apostilas usadas. Mais de 68 toneladas já ganharam novo destino, e a renda ajudou a revitalizar um parquinho em Ponta Grossa, contribuindo também para a relação com a comunidade local. Para os pequenos, é uma aventura coletiva; para a escola, é a semente de um valor que só cresce com o tempo.

“Queremos que nossos alunos percebam que suas ações têm consequência. É o início de uma consciência que vai acompanhá-los para sempre”.
Marcela Brock Ribeiro, professora, assessora e membro do Comitê de Sustentabilidade dos colégios do Grupo Positivo
Na adolescência, quando o senso crítico se expande, a sustentabilidade deixa de ser apenas um ato pontual e se transforma em debate. No Climate Action Project, estudantes bilíngues se conectam com jovens de outros países para trocar ideias e propor soluções para problemas ambientais. Foi essa participação que rendeu ao Colégio Positivo o título de “School of Excellence” — reconhecimento que carrega mais que prestígio, carrega responsabilidade. Nesse ponto da jornada, a provocação é inevitável: como pensar globalmente e agir localmente? E, mais difícil ainda, como manter essa disciplina quando não há aplausos imediatos?
Já no Ensino Médio e no pré-vestibular, quando a pressão por resultados cresce, a sustentabilidade ganha outro papel: o de argumento e posicionamento. Nas aulas do Curso Positivo, ela aparece como tema de redação, análise de atualidades, estudo de casos. Mas aqui o desafio é mais sutil: não basta saber escrever sobre o assunto, é preciso compreender sua complexidade, propor soluções viáveis, assumir uma postura.
“O exercício da redação faz com que esse aluno, que está inserido num contexto pertencente àquele momento da sua vida seja “forçado”, primeiro, a ter contato com questões ligadas à sociedade, à cidadania, como meio ambiente, educação, saúde, comportamento, ciência e tecnologia, para então, se desenvolver. Só após essa inserção inicial é que, em um segundo momento, ele é provocado a pensar e discutir os temas e, enfim, estimulado a pensar de maneira formal, elaborando raciocínios com repertório adequado para expressar isso por escrito para uma outra pessoa. O desenvolvimento vai além da técnica da própria redação, amplia sua formação pessoal e social, ajuda esse estudante a saber se expressar perante outras pessoas, se colocando como figura pertencente e participante dos acontecimentos. É o exercício que a própria cidadania exige.”
Gabriel Felix, professor de Redação do Curso Positivo

Sustentabilidade como linha guia
Olhando para essa sequência, ao longo da jornada do estudante, percebe-se que a sustentabilidade não aparece como um capítulo isolado, mas como um fio contínuo que atravessa a vida escolar. Da ação lúdica ao projeto global, do debate à prática silenciosa, ela se reinventa a cada fase, mas mantém sua essência: exigir disciplina para que as escolhas certas se repitam até virarem hábito.
Mas, se disciplina é aquilo que cultivamos todos os dias, o que acontece quando ela não está no quadro de horários, mas no jeito de viver? Como seria se todas as matérias tivessem a mesma força de permanência que a sustentabilidade pode ter?
Talvez o futuro da sala de aula não seja inventar novos conteúdos, mas garantir que os que já temos sejam vividos com a intensidade de uma disciplina verdadeira. Porque, no fim das contas, a prova mais importante não está na folha de respostas — está no mundo que deixaremos para quem vir depois.