A tecnologia tem seu lugar na sala de aula e pode ser uma grande aliada para os educadores. Ferramentas digitais ajudam os professores a desenvolver planejamentos, elaborar atividades, criar materiais pedagógicos e até mesmo realizar avaliações mais dinâmicas. Contudo, é essencial que a atuação do educador, de ser humano para ser humano, mantenha-se acolhedora e estimulante. Nos colégios do Grupo Positivo, a exploração de recursos inovadores não exclui a necessidade da presença empática e interativa do professor. Afinal, a aprendizagem floresce quando o educador constrói uma relação humana com seus alunos.
Observando a realidade dos estudantes, a instituição reconhece a importância de ensiná-los a usar as tecnologias sem perder a habilidade de se relacionar, tanto no ambiente real quanto no virtual, de maneira ética e respeitosa. Nesse sentido, o Projeto de Formação Humana, que se estende da Educação Infantil ao Ensino Médio, é o meio pelo qual os jovens desenvolvem competências essenciais para viver e atuar na sociedade tecnológica de hoje.
Desde bem pequenos, os alunos são estimulados a se conhecer, a reconhecer e lidar com emoções, a estabelecer objetivos e a refletir sobre como deve ser a ação para alcançá-los.
Com acolhimento e inovação, educadores promovem experiências significativas dentro e fora da sala de aula.
“Também promovemos em nosso projeto pedagógico um ambiente propício para o trabalho colaborativo, no qual crianças e jovens precisam interagir com seus pares, exercitando a escuta ativa, a comunicação assertiva, a capacidade para lidar com opiniões divergentes e a resolução de problemas. Afinal, os colégios do Grupo Positivo prezam por uma prática pedagógica inovadora, na qual a tecnologia é utilizada como um meio para enriquecer a experiência educativa, sem nunca perder de vista os valores humanos fundamentais. Inspirar os estudantes a se tornarem seres humanos conscientes, empáticos e responsáveis sempre será o nosso foco. Somos movidos pela excelência.”
Raquel Lucy Boff, gerente pedagógica dos Anos Finais e Ensino Médio do Centro de Inovação Pedagógica, Pesquisa e Desenvolvimento (CIPP) dos colégios do Grupo Positivo
Cuidados e providências
Estudantes participam de uma atividade coletiva de leitura, que estimula o pensamento crítico e a troca de percepções.
As ferramentas digitais são fundamentais nas escolas atualmente, uma vez que permitem acesso rápido à informação, promovem a interatividade e personalizam o aprendizado, tornando-o mais dinâmico e eficiente. No entanto, para Raquel, essas vantagens tecnológicas só têm sentido real se os educadores estiverem formando jovens íntegros. “Eles devem ser capazes de interagir de forma crítica e, ao mesmo tempo, de respeitar as diferenças, tanto nas opiniões quanto nas ações dos outros”, aponta.
Esse cuidado passa pela compreensão de que o mundo hiperconectado e dependente de tecnologia trouxe consequências desastrosas para as relações humanas. “Nunca foi tão fácil entrar em contato com alguém, mesmo que estejamos do outro lado do planeta; e, ao mesmo tempo, muitos adolescentes estão isolados em seus quartos, confinados ao mundo das telas”, reflete a gerente. O vício em tecnologia, de fato, se tornou tão severo e está tendo efeitos tão danosos ao desenvolvimento cognitivo e interpessoal que foi preciso banir os telefones celulares das escolas.
Na intenção de libertar os jovens da imersão intoxicante em tecnologia, nos colégios do Grupo Positivo as equipes pedagógicas estão, também, empregando bastante esforço para retomar o hábito da leitura. Afinal, sabe-se que a leitura literária cotidiana tem efeitos maravilhosos sobre a capacidade de aprender e sobre uma outra habilidade que se perdeu nesse universo de mídias sociais com conteúdos de rápido consumo: o foco. “A leitura também resgata a dimensão humana ao nos confrontar com as experiências de outros seres humanos. Se a inteligência artificial prospera e caminha a passos largos, temos mais razões para aguçar e desenvolver a inteligência humana”, conclui Raquel.
