O mundo mudou. A educação também. Vivemos tempos complexos e incertos, em que a Inteligência Artificial (IA) e tantos outros novos recursos tecnológicos tomam conta do cenário, tornando o “aprender fazendo” necessário entre os estudantes. Por isso, este ano, os colégios do Grupo Positivo vão colocar as metodologias ativas entre os principais temas da prática docente, permeando todos os segmentos, da Educação Infantil ao Ensino Médio.
Essa abordagem, fundamentada em práticas participativas, coloca o estudante como autor do próprio processo de aprendizagem. Mais do que acumular informações, ele será incentivado a desenvolver ainda mais o pensamento crítico, criatividade, autonomia e a capacidade de trabalhar de forma colaborativa desde pequeno. Tudo a ver com a realidade atual, que em seu dinamismo desafia as pessoas a experimentar, errar e encontrar soluções criativas em diferentes cenários.
Acompanhamento direto ao professor

Uma outra mudança que acontece neste ano será fundamental para que as metodologias ativas realmente aconteçam em nossas escolas: o reposicionamento da atuação do coordenador pedagógico (saiba mais nas páginas 36 e 37). Nesse novo formato, o coordenador terá uma função ainda mais próxima do professor, realizando observações em sala de aula e utilizando rubricas para apoiar e discutir as práticas pedagógicas.

“Esse acompanhamento sistemático cria um espaço de reflexão docente sobre a sua própria prática, incentivando os professores a repensarem suas estratégias e a aprimorarem continuamente sua atuação. Trata-se de um convite à troca de experiências na esfera docente, à construção de conhecimento entre pares e à busca por soluções inovadoras que beneficiem o aprendizado dos estudantes. Afinal, nosso investimento é em uma educação que transforma.”
Maria Fernanda Suss, gerente do Centro de Inovação Pedagógica, Pesquisa e Desenvolvimento dos colégios do Grupo Positivo
Por que “aprender fazendo”?
A priorização das metodologias ativas de ensino tem a ver com a percepção de um aspecto inerente à natureza humana. “Aprender é, desde os primeiros meses de vida, uma experiência ativa e instintiva. O indivíduo explora o mundo ao redor, experimenta e constrói conhecimento a partir de interações”, explica Maria Fernanda.
Segundo ela, essa habilidade natural de aprendizado humano é a essência do “aprender fazendo”, uma concepção que transforma o aprendizado em um processo vivo, participativo e conectado aos desafios do nosso tempo. Portanto, esse tipo de pedagogia trabalha com experiências que envolvem mais perguntas, mais tentativas e muito mais interação, promovendo a formação de cidadãos ativos, capazes de compreender o mundo de maneira interconectada e de atuar com responsabilidade.
O grande desafio
O ambiente de aprendizagem ‘mão na massa’, no entanto, pode ser desafiador no sentido da gestão de conflitos e por evidenciar ritmos diferentes de aprendizagem. E é aí que se fazem necessárias as habilidades que as próprias metodologias ativas oportunizam: dialogar, construir, encontrar pontos em comum e desenvolver o senso de coletividade e do bem comum. Essa abordagem transforma a sala de aula em um espaço de diálogo e construção conjunta do saber, onde o estudante aprende não só com as próprias descobertas, mas também com as experiências e percepções dos outros.