Falar sobre o futuro da sala de aula traz à tona uma série de desafios, entre os quais a questão da leitura no processo de aprendizagem. Diante das rápidas transformações sociais, tecnológicas, culturais e econômicas, que invadem também os espaços escolares, profissionais da área da Educação de todo o Brasil têm dado atenção especial aos projetos de leitura. Quem analisa esse cenário com bastante cuidado é Fábio de Oliveira, diretor-executivo da Aprende Brasil Educação, que atribui grande valor aos livros nas diferentes etapas da aprendizagem.

“A geração atual, que vive no mundo digital, pouco se interessa por conteúdos extensos, e o trabalho dos professores e gestores escolares precisa levar isso em consideração para garantir que o desenvolvimento das habilidades de leitura aconteça. Os profissionais que utilizam os materiais da Aprende Brasil Educação têm buscado alternativas para resgatar o interesse dos estudantes e desenvolver estratégias que promovam seu desenvolvimento integral, ou seja, nos aspectos físico, intelectual, emocional, social e cultural.”
Fábio de Oliveira, diretor-executivo da Aprende Brasil Educação.
Segundo ele, esse é um ponto importante, uma vez que o perfil do aluno vem se modificando na mesma velocidade das inovações tecnológicas. A pergunta que surge é: como fazer com que a criança e o jovem desenvolvam o gosto pela leitura – e pelo estudo do conteúdo escolar – quando parte de sua atenção é capturada pelos estímulos virtuais? Esse desafio é maximizado pela heterogeneidade da sala de aula, onde convivem estudantes com diferentes níveis de conhecimento, habilidades, interesses e origens socioculturais.
Diversidade de gêneros, temáticas – e formatos

Uma das maneiras que a Aprende Brasil Educação encontrara para engajar os alunos na leitura, a partir de suas soluções educacionais, é abrir um leque de possibilidades: os projetos de leitura não podem se restringir aos clássicos (que geralmente são cobrados nos vestibulares). “Para despertar o interesse dos jovens leitores, envolvemos uma vasta diversidade de gêneros e temáticas, como ficção científica, biografias de pessoas que sejam consideradas interessantes, romances contemporâneos, etc.”, afirma Oliveira.
Embora os livros físicos sejam mais recomendados, por propiciarem experiências mais completas e melhorarem a compreensão do conteúdo e a retenção de informações, não se deve negar as plataformas digitais. De acordo com o diretor-executivo, é possível explorar também os recursos tecnológicos, como aplicativos de leitura, e-books e audiobooks, para o estabelecimento do hábito de leitura. Desse modo, o aluno também se mantém em sintonia com as tendências da atualidade.
Os benefícios da leitura
Independentemente da estratégia utilizada em sala de aula, o importante é disponibilizar momentos, espaços e recursos adequados para que a criança e o jovem sejam beneficiados pela prática da leitura. “Sabe-se, afinal, que estudantes que leem bastante despertam a imaginação e a criatividade, melhoram a comunicação, desenvolvem valores como empatia, fortalecem vínculos afetivos e, claro, aprendem melhor o conteúdo escolar”, finaliza Oliveira.